Cérebro depressivo: entenda como funciona a mente depressiva

Eurekka Psicólogos

Já sabemos que a depressão é uma doença grave e incapacitante. Isso porque ela pode afetar as suas relações, o seu trabalho e a sua rotina. Mas você sabe o que acontece com o cérebro depressivo? Ou seja, como a depressão afeta o cérebro e o sistema nervoso de uma pessoa deprimida?

E, para responder essas perguntas, nós trouxemos esse material prático para que você possa entender, de uma vez por todas, tudo sobre os efeitos da depressão no cérebro e no comportamento.

Assim, até o fim desse texto, você vai entender por que a depressão pode mudar o modo como o cérebro funciona. E também entender por que, para muitas pessoas, o tratamento da depressão deve ser feito com remédios junto com a terapia.

Então, vamos lá?

O que é depressão e como ocorre?

A depressão é um transtorno de humor que afeta muitas pessoas nos dias de hoje. Sua principal característica é que ela é uma doença incapacitante, ou seja, ela faz com que a pessoa pare de reagir às situações ao seu redor.

E essa doença pode ser causada por diversos fatores como:

  • Pré-disposição genética;
  • Estresse constante;
  • Falta de exercício físico;
  • Alimentação e sono desregulado;
  • Eventos traumáticos — perda de alguém querido ou perda do emprego.

Mas, um ponto importante sobre a depressão é que você deve saber diferenciá-la da tristeza. Pois, ao passar por situações difíceis, como as citadas acima, é normal que você fique triste por um período de tempo e depois consiga lidar melhor com a situação.

Já a depressão é quando essa tristeza continua forte por mais de duas semanas e começa a atrapalhar você a viver bem. Como por exemplo, deixar de ver os amigos ou parar de sentir prazer e ânimo em situações comuns do dia a dia.

Quais são os sintomas da depressão?

Agora que você já entendeu o que é a depressão e como ela é diferente da tristeza, vamos conferir quais os sintomas da depressão?

  • Humor deprimido na maior parte do dia;
  • Perda de interesse ou prazer nas atividades que antes traziam prazer;
  • Perda ou ganho significativo de peso repentino;
  • Redução ou aumento considerável do apetite;
  • Insônia ou hipersonia regularmente;
  • Fadiga ou perda de energia quase todos os dias;
  • Sentimentos de culpa ou inutilidade;
  • Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar;
  • Pensamentos suicidas.

cérebro depressivo

Cérebro depressivo: como a depressão afeta o cérebro?

Você já ouviu falar dos famosos neurônios? Pois então, eles são os responsáveis por fazer com que o nosso cérebro e nosso corpo funcionem bem!

Mas, para que isso aconteça, os neurônios precisam se comunicar entre si, de modo que nosso cérebro receba todo conteúdo químico necessário para funcionar de forma correta!

E quem faz essa comunicação são os neurotransmissores, que são substâncias liberadas pelos neurônios e que agem como mensageiros que levam sinais entre os próprios neurônios e células!

Nesse sentido, quando a pessoa entra em um estado depressivo, pode ser que ela esteja com um desbalanço químico, ou seja, é possível que esteja ocorrendo um desequilíbrio nessa comunicação e o organismo não esteja funcionando como deveria.

Desse modo, no tratamento da depressão, procura-se aumentar os neurotransmissores certos para conseguir ajustar a função desses neurônios.

Como funciona a mente depressiva?

A mente depressiva funciona de uma forma apática, como se estivesse “sem vontade de funcionar”. Isso acontece por conta de um desequiíbrio de serotonina no cérebro, um neurotransmissor ligado ao nosso humor e bem-estar. Esse desequilíbrio faz a pessoa que tem uma mente depressiva ficar cada vez mais triste e deprimida, sem vontade de fazer o que costumava antes.

Quando você está em depressão, o seu cérebro depressivo vai aprendendo que os estímulos que antes te traziam felicidade e prazer, já não trazem mais. Logo, ele entende que não faz diferença você seguir com as atividades que você costumava fazer.

Ou seja, se antes você se sentia animado para sair com os amigos, ir ao parque ou para passear com seu cachorro, com um cérebro depressivo, você não vai ter vontade de fazer essas atividades. E é nesse momento que começa o ciclo da depressão, já que essa falta de vontade faz você ficar cada vez mais distante daquelas coisas que trazem sentido e alegria para sua vida.

O que causa a falta de serotonina no cérebro?

Apesar de existirem muitos estudos sobre esse neurotransmissor, ainda é difícil estabelecer uma causa específica para a diminuição dele no cérebro. Ainda assim, o que podemos dizer é que os níveis de serotonina podem ser afetados por diversos fatores, incluindo:

  • Dieta;
  • Estilo de vida;
  • Uso de medicamentos;
  • Pré-disposição genética;
  • Ambiente estressante;
  • Falta de exercício físico.

Por isso, quanto mais você manter uma rotina saudável, praticar exercícios físicos e comer bem, menores são as chances de você desenvolver a depressão!

Quais os neurotransmissores envolvidos no cérebro depressivo?

O mais conhecido é a serotonina, um neurotransmissor que atua no cérebro e em outros sistemas do corpo proporcionando a sensação de bem-estar. Então, pode ser que, em um cérebro depressivo, esses neurotransmissores estejam desequilibrados, de forma a não proporcionar a sensação de bem-estar necessária.

E além desse neurotransmissor, é possível que o desequilíbrio da noradrenalina e da dopamina também aumente o quadro da depressão.

E também vale ressaltar que, esse desequilíbrio entre os neurotransmissores atinge, principalmente, as áreas cerebrais relacionadas à memória, à motivação, à capacidade de atenção e à capacidade de planejamento.

Isso explica muitos comportamentos que a pessoa tem quando está depressiva, como a falta de motivação para realizar atividades comuns.

Como funciona a depressão no sistema nervoso?

O nosso sistema nervoso é responsável por receber e interpretar mensagens vindas de várias partes do corpo. E já que essa comunicação, entre corpo e cérebro, fica prejudicada durante a depressão, a mensagem que nosso sistema nervoso central envia ao corpo é distorcida. Em consequência, surgem os sintomas da depressão que citamos no tópico anterior.

sede presencial da Eurekka

Ajuda para combater o cérebro depressivo

É bem comum ficar inseguro ao começar o tratamento para depressão com medicamentos. E nessas horas, quem irá de ajudar a superar isso é o seu psiquiatra!

Por isso, ao sentir qualquer desconforto ou insegurança sobre o remédio que vai começar a tomar, conte para ele. Não sinta vergonha ou medo de tirar suas dúvidas, afinal, um bom profissional irá sempre te ouvir, te acolher e explicar tudo o que for preciso quantas vezes forem necessárias, além de ter ajudar e te acompanhar nessa fase do tratamento.

Se você não se sentiu a vontade de fazer isso com o seu psiquiatra na última consulta, não se preocupe! Você pode fazer uma lista com todas as dúvidas e clicar aqui para marcar sua consulta com um psiquiatra da Eurekka Med hoje mesmo!

Afinal, nos escolhemos e treinamos cada um com muito cuidado, então podemos te garantir que será muito bem tratado e acolhido com um atendimento gentil e humanizado que só a Eurekka sabe oferecer!

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Eurekka Psicólogos

A Eurekka é uma Clínica de Psicologia especializada em terapia online que atende pacientes de todo o mundo. Os Psicólogos da equipe são treinados para aplicar a Terapia Cognitivo Comportamental de última geração nos mais diversos problemas: ansiedade, depressão, traumas, fobias, autoestima, disciplina, relacionamentos e muito mais.

16 replies on “Cérebro depressivo: entenda como funciona a mente depressiva”

Eu luto com a depressão há anos. E é difícil estabilizar. A homeopatia me pareceu mais eficaz que a alopatia. Mas só por um tempo pq depois fatores externos fortes retiram a alegria natural que é muito difícil de manter. Muitos problemas, muita sobrecarga emocional, perdas e um fator que mais me afeta é estar sem trabalho. O trabalho é um remédio mas a falta dele um super veneno. Atualmente tomo o antidepressivo alopático mais moderno e caro e não estou vendo resultados embora esteja associando com terapia e nutrição adequada. Muito difícil lutar com essa doença.

Ei, Liliane! Sentimos muito por sua situação, realmente lidar com a depressão não é fácil, ainda mais quando sentimos que o tratamento não está sendo eficaz, não é mesmo?

Caso você tenha interesse em conhecer a abordagem da Eurekka e descobrir se funciona para você, você pode clicar aqui e marcar uma conversa inicial com um de nossos psiquiatras. São profissionais humanizados e escolhidos a dedo para oferecer o melhor tratamento!

Aguardamos você!

Abraços,

Gabi da Equipe Eurekka.

A cura está em buscar a Deus através de pessoas que vão te levar a ele. Eu aconselho frequentar uma igreja que tem pessoas com os dons de cura e libertação porque não nascemos com essas doenças mas são os demônios que nos rondam que colocam essas enfermidades mentais em nossas vidas. Eu tive depressão e inúmeras tentativas de suicídio, tomei diversos medicamentos com psiquiatras e conversas com psicólogos e nada resolveu apenas Deus me deu a cura.

Como o médico psiquiatra “mede” o nível de serotonina e neurotransmissores do paciente para ter segurança de que ele necessita de medicamentos? E ainda, para saber qual medicamento é melhor indicado e sua dosagem? É tudo pelo “achômetro”? Ou se baseiam em resultados de pesquisas “patrocinadas” pelos próprios laboratórios fabricantes desses medicamentos? E as pesquisas em universidades de renome que contrapõem essas indicações medicamentosas? A maioria das pessoas que sofre de depressão, se “drogam” com esses medicamentos por anos, quando não, por décadas e nunca se curam. Ficam cada vez pior. Os psiquiatras alegam “qualidade de vida e prevenção ao suicídio” para fazer a prescrição, entratanto, que qualidade de vida tem uma paciente sob o efeito dessas drogas? Quantas pessoas que se tratam e se suicidam? Somente na minha família tive dois casos de pessoas que passaram por décadas se tratando com essas drogas, nunca se curaram, tiveram uma vida de qualidade lastimavel, e no final, ambas se suicidaram. Na sociedade atual, com um sistema corruptível em todas as áreas, a área médica e farmacêutica, infelizmente, não fica de fora. E a população que sofre, confiando em profissionais que não se importam com suas vidas.

Boa tarde, Mariela.

Obrigado pela sua mensagem. Pedi para nosso clínico geral, Heitor, te ajudar com as suas dúvidas!

Quanto às suas dúvidas:
Psiquiatras não costumam precisar de exames de laboratório para medir níveis de neurotransmissores. Esses exames são de difícil acesso. Em vez disso, o médico utiliza outras ferramentas, como escalas e exame clínico. Existem critérios delimitados para o diagnóstico de transtornos mentais, além de escalas e questionários para avaliar o estado atual e acompanhar a evolução do paciente durante o tratamento.

Estabelecido o diagnóstico, é combinado com o paciente o tratamento, que pode incluir psicoterapia e medicações, além do acompanhamento com outros profissionais, como psicólogo, nutricionista e outros. Para cada problema de saúde mental, existem pesquisas avaliando o benefício de determinados tratamentos, farmacológicos ou não. Sabemos quais medicamentos e doses costumam funcionar melhor para cada problema, mas é necessário acompanhamento individual para saber como cada pessoa vai responder. Como qualquer assunto em ciência, o nosso conhecimento está sempre em transformação, com o objetivo de oferecer sempre o melhor cuidado. Muitas pesquisas são desenvolvidas por laboratórios, outras exclusivamente por governos e universidades. Ao publicar os resultados, os autores sempre declaram de onde veio o financiamento daquele trabalho e se existe qualquer conflito de interesses da parte dos autores (por exemplo, se um autor também é funcionário de algum laboratório). Isso é importante para evitar que motivações financeiras se sobreponham à ciência e ao benefício dos pacientes. Felizmente, esses assuntos são debatidos durante a formação médica (graduação e especialização) e em congressos.

Sobre o número de pessoas com depressão que melhoram com os medicamentos, estima-se que 46% não apresentam resposta (redução dos sintomas em mais de 50%) ao tratamento inicial após 6 semanas ou mais. Considerando ajustes posteriores de medicação, 66% das pessoas apresentam remissão dos sintomas, ou seja, passam a se sentir como antes da depressão, ainda que a qualidade de vida siga prejudicada em mais de um terço dessas pessoas. Sabemos que a depressão afeta muitas áreas da vida, então é comum esse atraso entre se sentir melhor e passar a viver melhor.

É difícil calcular quantas pessoas são vítimas de suicídio apesar do tratamento farmacológico, mas não há dúvida de que pessoas deprimidas sem tratamento têm risco elevado de suicídio e que esse risco diminui com o uso de antidepressivos.

Sentimos muito que você e sua família tenham passado pelas situações que você contou. Sabemos como é difícil viver com depressão ou contemplar o suicídio como única saída. Justamente por isso trabalhamos com saúde mental.

Um grande abraço.

Sofro de depressão a vários anos faço acompanhamento psiquiátrico e terapia, mas nada maioria das vezes me sinto mau
Com uma tristeza profunda sem motivos com se baixasse uma tristeza profunda, começo a chorar e não paro, há um aperto no coração q as vezes tenho vontade de arrancar com a mão, tenho os cid f06.3, f33.1 e cid 40 (10) esses três cids tem como curar não aguento mais sofrer com isso e já tomei vários medicamentos. Obrigada

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