Tétano: o que é, quais os sintomas, tratamento e prevenção

Sara Alves

Você já deve ter ouvido falar no tétano, afinal, quem nunca ouviu a mãe ou a avó falarem “não pega na ferrugem para não pegar tétano!”.

Nesse texto você descobre de verdade o que é essa doença, quais suas causas, modo de transmissão, tratamento e mais. Confira!

O que é tétano?

ferro com tétano

O tétano é uma grave doença infecciosa do sistema nervoso, causada por toxinas que agem em células nervosas produzidas por bactérias da espécie clostridium tetani. Esta bactéria se encontra de formar natural no solo sob sua forma de resistência, o esporo. 

A porta de entrada para a bactéria em geral é um ferimento, e a contaminação dá origem ao chamado tétano acidental. Existe também o tétano neonatal, no qual a contaminação ocorre através do cordão umbilical.

 Apesar de existir prevenção, o tétano ainda é uma importante causa de morte em países em desenvolvimento. Acontece em qualquer idade e é mais frequente em regiões em que a cobertura vacinal da população é limitada.

Ciclo da bactéria: Qual o período de incubação do tétano?

O período de incubação – tempo que os sintomas levam a aparecer desde a contaminação – do tétano acidental em geral é de 515 dias. Já no tétano neonatal esse período é cerca de 7 dias. 

A gravidade do tétano se relaciona como tempo de incubação. Assim, quanto menor for o tempo de incubação, maior a gravidade e pior o prognóstico.

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Sintomas do tétano

As neurotoxinas liberadas pela clostridium tetani levam ao aumento da tensão muscular geral. Dessa forma, os principais sintomas são decorrentes da rigidez muscular progressiva que leva a condições cada vez mais graves. Podem ser observados sintomas como:

  • Dificuldade de abrir a boca e de engolir
  • Espasmos musculares
  • Rigidez no pescoço e membros
  • Tontura
  • Febre
  • Palpitações
  • Dificuldade de respirar
  • Dificuldade de abrir a boca e de engolir
  • Espasmos musculares
  • Rigidez no pescoço e membros
  • Tontura
  • Febre
  • Palpitações
  • Dificuldade de respirar
  • Crises de contraturas – em geral desencadeadas por estímulos luminosos, sonoros ou de manipulação do paciente.

No caso de contratura muscular em todo o corpo e rigidez muscular progressiva, se atingem os músculos reto-abdominais e os do diafragma, o que leva à insuficiência respiratória.

Tétano é contagioso?

Não, o tétano não é contagioso, ou seja, ele não é transmitido de forma direta de uma pessoa para outra. 

Do mesmo modo o tétano neonatal não se transmite de mãe para filho. Ele só ocorre se, no momento do corte do cordão umbilical, houver contaminação de algum instrumento usado na secção do cordão ou do ambiente onde está o recém-nascido.

Causas

A causa do tétano é a infecção com a bactéria clostridium tetani. Se trata de um bacilo que em sua forma de esporo pode sobreviver muitos anos sob condições adversas. São bactérias anaeróbias estritas, ou seja, que se desenvolvem bem na ausência de oxigênio. Além disso, o clostridium tetani é capaz de produzir toxinas. A tetanospamina é uma toxina do sistema nervoso que afeta mais o sistema nervoso central produzida pelo clostridium que provoca o tétano.

Transmissão: Como se transmite o tétano?

ferimento do tétano

A transmissão do tétano se dá do ambiente externo para o indivíduo, uma vez que, os esporos da bactéria clostridium tetani são encontrados no ambiente de maneira natural.  

Adquire-se o tétano através de feridas abertas em contado com: terra, fezes, poeira, ou ainda pela penetração ou corte com algum objeto oxidado (pregos, ganchos, lâminas enferrujadas). Isso porque o bacilo se encontra no intestino dos animais, de forma especial do cavalo e do homem (sem causar a doença). Já os esporos podem estar presentes tanto em solos contaminados por fezes ou com esterco, como na pele ou na poeira das ruas.

Ao ter contato com a ferida aberta, o esporo da bactéria encontra condições adequadas para se desenvolver em uma célula. Assim, se torna capaz de produzir a neurotoxina que age no sistema nervoso do ser humano e causa o tétano.

Tratamento e prevenção

tratamento tétano

Se apresentar sintomas do tétano, deve-se atender de forma imediata a pessoa acometida em um hospital. O diagnóstico é pelo exame clínico, não depende, portanto, de exames laboratoriais. Contudo, alguns exames, como radiografias e exame de sangue, auxiliam no tratamento de complicações do paciente.

No tratamento em geral se usa:

  • Debridamento do foco infeccioso (remoção de pele e tecidos necrosados)
  • Antibióticos
  • Relaxantes musculares
  • Imunoglobulina antitetânica ou soro antitetânico

O doente deve ser internado em unidade assistencial apropriada para diminuir o risco de sequelas e de morte. Assim, o quarto de internação deve ser com baixa luminosidade, o mínimo de barulho e possuir suporte técnico necessário ao manejo do paciente e suas complicações. Para casos graves se indica unidade de terapia intensiva (UTI).

Apesar disso, o tétano é uma doença que pode ser evitada pela prevenção. Para isso, cuidados com a vacinação precisam ser observados.

vacinação é a única forma de proteção e deve ser mantida em dia. Nesse sentido, mesmo as pessoas que já tiveram tétano não estão imunes e podem adquiri-la de novo.

Vacina

vacinação

Para uma imunização adequada contra o tétano, em caso de ferimento, são necessárias as três doses da vacina antitetânica. 

De acordo com o plano de vacinação nacional, a imunização contra o tétano deve se iniciar com a vacina pentavalente administrada aos 2, 4 e 6 meses de idade. O primeiro reforço deve ocorrer aos 15 meses e o segundo reforço aos 4 anos de idade com a vacina DTP (vacina tríplice). Então, a partir daí a vacina dT (dupla adulto) se administra a cada 10 anos. 

A incidência do tétano no Brasil diminuiu bastante com o passar dos anos devido à ampliação da distribuição e aplicação da vacina no país. Em 1990 houve 1548 casos. Enquanto em 2017, 2018 e 2019 tiveram 230, 199 e 218 casos, respectivamente, em todo território nacional. Ademais, a porcentagem de mortes, nesses três anos, ficou entre 30 e 40%, sendo considerada elevada, quando comparada com os países desenvolvidos, onde se apresenta entre 10 a 17%.

Assim, vacinação completa reduz de forma drástica o risco do tétano, mas, além da vacina, deve-se cuidar também dos ferimentos acidentais, lavá-los muito bem com água e sabão e retirar possíveis corpos estranhos como fragmentos de madeira e terra.

Entretanto, é importante que jovens e adultos não se esqueçam das doses de reforço. Estas se tomam a cada dez anos para garantir a proteção contra a doença, além disso, são gratuitas em qualquer posto de saúde.

Vacinação na gestação

Para prevenção do tétano neonatal é necessário que todas as mulheres em idade fértil e também as gestantes se vacinem, pois os anticorpos contra a toxina tetânica passam pela barreira placentária e protegem o recém-nascido contra o tétano.

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Sara Alves

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